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domingo, 27 de maio de 2012

11.09.1990 na tristeza ou na alegria #



Onze foi o dia, Nove o mês, Mil novecentos e noventa o ano...
Essa é a data da qual relata a vinda de mais um Ser Humano.
Não era um SER qualquer, era diferente, talvez com o tempo o tornaria diferenciado...
Já nasceu desconfiado, desconfiado da vida, desconfiado ao ponto de nem a cumprimentá-la direito e quase haver uma despedida; enfim, nem cresceu e quase morreu.
Nasceu com um sorriso fácil de ser conquistado, carente de abraço, todo abobado...

O tempo passou e aquele "serzinho" que quase viera a falecer, criança o tornou.
Era feliz quando criança, da vida achava graça, era meio tímido, tornou-se ansioso, porém passou a conhecer a esperança.
Passaram-se alguns anos, junto deles problemas psicológicos e emocionais surgiram
! Começou a partir de então uma guerra onde ele batalhava sozinho, ele com ele mesmo...
Tornou-se seu fiel aliado e pior inimigo aleatoriamente.

Sangrava todo dia e o mundo não via; escondia bem os ferimentos, chorava escondido, sempre bem quetinho pra não acordar parentes nem vizinhos...
qualquer palavra atirada perturbava sua mente e feria profundamente seu ente.
Nunca soube o porque de muitos porquês, não sabia o porque do céu ser azul, o porque da água não ter gosto, o porque dele sentir tanta mágoa, mas conhecia bem o gosto amargo do desgosto.
Melhor do que ninguém foi além, não tinha auto estima, com isso sua melhor companhia sempre foi a solidão, junto dela conheceu intimamente a angústia
que a partir de então sempre estaria presente em seu coração!
Não aceitava o fato de ser diferente, se escondia todo dia, mas ai um dia ou quem sabe dois ou três ele só queria superar a timidez...

Tentou se mostrar, e se arrependeu; novamente ele do mundo se escondeu! Constantemente guerreava pra se aceitar, entretanto a batalha sempre perdia.
Inconscientemente descobriu que todo o complexo não deixava de ser banal;
apesar da pressão em seu coração, coisa&tal.
Contudo enquanto ele fugia da guerra interna que o corroía, simultanemante ocorria uma auto destruição de sua estrutura emocional.
A vida não era assim tão difícil quanto aparentava ser, entretanto
sozinho é mais difícil ela compreender.

                                                 Tic tac tic tac tic tac tic tac BOOM!
 
Milhares de dias passaram-se, e a guerra não acabava, ele a sangrar continuava...
Não ia há lugar algum; e todo dia sozinho escondido ainda chorava...

Um belo dia de Sol quando a guerra já parecia perdida...
Deus entrou em sua vida, parou a guerra com a arma mais linda,
denominada de AMOR, e em seu coração a colocou...
Entrava então em ação"o amor da sua vida", aquela que seria sua estrutura emocional,
e em seu coração a tornaria essencial!
A guerra já não existia mais, porém passou a existir um casal,
casal do qual: mais de dois anos viera dividir segredos e juras de amor,
assim como o mesmo espaço na cama e o mesmo cobertor.

                                                         Enfim, fim de guerra!

Ele descobriu que precisava apenas de uma arma pra colocar um ponto final
nesse longo período de sacrilégio infernal...
Precisava de amor, um pouco de carinho
ou simplesmente não estar sozinho.
Dez dias de puro encanto, alegria e conforto foram mais do que o suficiente pra
vencer uma guerra de anos, que "só" lhe proporcionou:
dor, solidão, angustia, tristeza, desgosto e todo o resto que o tempo roubou!
Pronto agora vai! Seu coração está em PAZ, limpa esse sangue e seja feliz rapaz;
ele tem tudo o que sempre sonhou, sonhava em ser amado e o sonho se realizou.

A história poderia acabar por aqui e como todo conto de fadas ter um final feliz...
Infelizmente não é assim que acontece na vida, nada acaba sem uma despedia.
Pouco mais de dois anos se passou e o sonho concretizado se despedaçou;
houve uma despedia repentina difícil de aceitar, a estrutura emocional tão complexa de encontrar foi embora, sem ela, ele litros de lágrimas derramou,
hoje ainda restam alguns pingos que o tempo não secou...

Por fim a guerra teve um fim, pois é a guerra acabou e nunca mais voltou;
infelizmente a estrutura emocional tão difícil de ser concebida foi junto,
sem despedida. Simplesmente se foi e não retornou.

Hoje ele é mais forte, continua sendo meio abobado, de repente está até mais carente,
porém o sorriso não é mais tão fácil de ser conquistado...

A guerra não o matou, muito pelo contrário o tornou mais forte.
Vendo por esse lado trouxe até sorte,
porém sequelas ela deixou e dentre elas muitas o rasgou;
tornou-se um ser emocional, muito sentimental, medroso,
pouco compreendido por ser exagerado e um tanto quanto iludido.



Nunca gostei de matemática,
mas com o tempo aprendi meus pensamentos contar...
Sou todo errado, porém aprendi aceitar e acertar.
Hoje minha vida está clara, porém um dia foi um breu...
Ele acima mencionado...
            Sou Eu!
Me perco fácil e fico sozinho,
não sei nem mais me localizar,
talvez por isso nunca me dei bem em geografia
Pra quem não compreendeu o texto, "na tristeza ou na alegria",
considere como minha pobre biografia.


ass: Igor Ruzsicska

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